Área da saúde impactada pelo COVID: consequências após o surto

Sabe-se que, a área da saúde impactada pela COVID-19, nunca mais será a mesma. A pandemia de 2020 sem dúvidas mudou a forma como o mundo é encarado, como a nossa sociedade funciona e se organiza e até mesmo foi responsável pelo surgimento de novas tecnologias.

No meio de tanta dor, caos, perdas e um trabalho intenso de toda a área médica, era difícil calcular o quão afetada a classe ficaria durante esse período. Já hoje, fica mais fácil analisar com calma os impactos causados pelo vírus.

Profissões que mais cresceram durante o período da pandemia

Durante a pandemia, algumas especialidades da medicina necessitaram de mais atenção e procura da população. Por consequência, essas áreas cresceram consideravelmente e hoje recebem muito mais dedicação. As razões disso são várias, as quais podemos analisar abaixo.

Psiquiatria**

A depressão já era a principal razão de pagamento do auxílio-doença antes da pandemia. Mas, durante o primeiro ano do COVID e segundo os dados da própria OMS, os quadros de ansiedade e depressão aumentaram em 25%.

Diante desse quadro é de se imaginar que a psiquiatria fosse crescer. A demanda por esses profissionais ficou maior e será difícil se livrar dos altos índices de transtornos psiquiátricos que afetam os brasileiros e a população mundial no período pós-pandêmico.

Cardiologia**

A questão ainda está em estudo, porém, há fortes indícios de que os riscos de doenças cardiovasculares aumentam após a infecção por Covid.

Tanto é, que a cardiologia foi uma área da saúde impactada pela COVID, e cresceu durante a pandemia. Há especialistas que recomendam exames preventivos após uma infecção por COVID por conta das sequelas causadas pelo vírus, que ainda não são totalmente conhecidas.

Dermatologia**

A queda de cabelo, por exemplo, é outra condição relatada após o COVID-19. Erupções cutâneas também, o que provocou um avanço na busca por dermatologistas. Esses são mais alguns sinais curiosos que ocorrem após a infecção pelo vírus que devem ser investigados. Portanto, caso tenha sido infectado com o vírus, não deixe de realizar exames preventivos.

Maiores desafios enfrentados por esses três tipos de profissões no período**

Os maiores desafios enfrentados por essas profissões foi sem dúvidas a alta demanda e o desconhecimento sobre aquilo com o que estavam lidando e, por desconhecimento, significa que o cenário era novo e novas informações eram obtidas quase que em tempo real, durante os cuidados dos pacientes.

Toda situação exigia nervos de aço e decisões sérias a serem tomadas de maneira rápida e enérgica, isso sem falar nos óbitos que não paravam de ocorrer. Durante a pandemia, os profissionais da saúde foram nossos maiores heróis e merecem grande gratidão por sua abnegação e disposição para lutarem na linha de frente.

Como a pandemia afetou a formação e educação dos profissionais de saúde?

O coronavírus forçou o mundo a revolucionar a maneira como a educação e o conhecimento eram passados. No caso, até mesmo os profissionais da saúde receberam conteúdo a distância, tão conhecido como o EAD.

Claro, não foi conhecimento prático, mas matérias teóricas que foram ensinadas por meio de lives e outras estratégias de ensino à distância a fim de evitar os riscos de contaminação.

A pandemia afetou o recrutamento e a retenção de profissionais de saúde em treinamento?**

Quase um terço dos profissionais da saúde foi perdido durante a pandemia, sendo esse um dos grandes exemplos da área da saúde impactada pelo COVID 19.

Por conta dessa situação houve uma mudança na forma como o RH na área da saúde se comporta, focado em feedback e a procura de novos profissionais, assim como em sua capacitação.

Quais são as lições aprendidas com a pandemia em relação à formação e educação de profissionais de saúde?**

Uma das lições aprendidas pelos profissionais da saúde, relatadas em estudos relacionados na área, estão ligadas tanto ao procedimento de sua área, quanto ao social. Ou seja, além dos diversos cuidados com a propagação de agentes infecciosos e com aspectos específicos do trato dos sintomas do COVID-19 e sua evolução, os profissionais afirmam que o período ensinou a terem mais resiliência, empatia e a lidarem com imprevistos.

Claro, a medicina é uma das profissões mais essenciais e nossos médicos devem estar focados na segurança e cuidado com os pacientes, buscando aprender e evoluir com tudo conhecimento desenvolvido durante e após a pandemia.

Como a tecnologia influenciou o crescimento de algumas profissões durante a pandemia?

A área da saúde impactada pelo COVID foi uma das mais influenciadas pela pandemia. Porém, outras profissões também cresceram bastante como:

  • Operadores de telemarketing e colaboradores de atendimento ao cliente;
  • Analista de suporte;
  • Auxiliar de logística;
  • Analista de segurança da informação;
  • Motoboys e profissionais de delivery.

As necessidades trazidas pela pandemia, principalmente em relação ao isolamento social, fizeram essas profissões crescerem expressivamente durante o período.

De que forma a tecnologia melhorou a eficiência do agendamento de consultas médicas?**

No Brasil a telemedicina já é uma realidade. Nosso país se modernizou nos últimos anos, e o oferecimento da telemedicina já é uma realidade. Na prática, isso significa:

  • Consultas médicas online;
  • Agendamento online;
  • Prontuários online;
  • Diagnósticos emitidos em videochamada;
  • Administração de certos tratamentos por videochamada.

Embora não seja um fruto direto da pandemia, o atendimento virtual foi sem dúvidas impulsionado pela necessidade de se comunicar de modo não presencial.

A pandemia trouxe algum benefício para a área de nutrição?

A área da nutrição, como qualquer outra da área da saúde impactada pelo COVID, apostou nos meios online para resolver boa parte dos seus obstáculos e percalços.

Assim, nutricionistas atendiam remotamente seus pacientes e forneciam todo o atendimento por videochamadas. A alimentação também entrou em pauta durante o COVID como um dos métodos de fortalecer o corpo para lidar com o vírus.

Como os médicos utilizaram a tecnologia para monitorar pacientes com COVID-19 remotamente?

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Durante todo o surto de COVID 19, foram utilizados pelos profissionais da saúde formas remotas para monitorar pacientes, sendo a maior delas o contato através do celular.

Assim, indivíduos que estavam em casa sob quarentena podiam se comunicar com os profissionais da saúde por meio de aplicativos de mensagem ou mesmo ligações.

De que forma a tecnologia permitiu que os médicos colaborassem entre si remotamente?

Outro ponto a ser mencionado é como os profissionais da saúde utilizaram os mesmos aplicativos de mensagens para conversarem entre si. Assim, mantinham diálogos não só a respeito do vírus e de como combatê-lo, mas também sobre outros pacientes, passando informações úteis uns aos outros.

Como a tecnologia permitiu que os médicos reduzissem os custos de atendimento médico durante a pandemia?**

Com a utilização da tecnologia para tornar o acesso à saúde mais prático e democrático, é possível economizar em muitos atendimentos médicos.

Podemos citar, por exemplo, consultas realizadas de modo online sem a necessidade do médico atuar presencialmente, o que já diminui o custo de mobilizar um profissional para certas regiões onde é inviável a sua ida.

Efeitos do isolamento social na saúde mental das pessoas

Os efeitos psicológicos da pandemia foram terríveis. Houve um aumento em casos de ansiedade, depressão e crises de pânico durante esse período.

No isolamento, a população viu certos laços de amizades serem quebrados e o convívio familiar ser testado ao seu limite. Tudo isso causou um impacto tremendo, em especial naqueles que já tinham predisposição a certos transtornos.

Como a psiquiatria pode ajudar na melhora da saúde mental?**

O psiquiatra é o especialista da medicina que lida com a saúde psíquica dos pacientes, ou seja, são essenciais para esse tema. São os psiquiatras que podem auxiliar no combate à depressão, por exemplo, e também podem tratar ansiedade e outros transtornos.

O papel desses profissionais é fazer o acompanhamento da rotina de seus pacientes, escutar suas queixas e frustrações, apresentar aconselhamento e receitar medicamentos que podem auxiliar na supressão de certos sintomas, que na pandemia se intensificaram — e muito.

Qual é o papel dos profissionais da saúde mental no tratamento de pacientes com COVID-19?

Os profissionais da saúde mental foram alguns dos que mais aumentaram em número, como mostramos, devido à demanda durante e após a pandemia de COVID. Esses profissionais continuam com a missão de tratar e auxiliar os brasileiros a passarem por essa terrível pandemia de medo, estresse e depressão que acometeu toda a população brasileira.

Como os psiquiatras podem apoiar as equipes médicas que cuidam de pacientes com COVID-19?**

É uma ótima tática colocar psiquiatras em equipes médicas dedicadas a cuidar de pacientes com COVID. Afinal, tão importante quanto o suporte psiquiátrico para auxiliar a saúde mental dos pacientes, é tratar os profissionais da linha de frente, que convivem com o risco iminente de infecção, pressão psicológica dos atendimentos e perda dos pacientes.

Falar com psiquiatras e psicólogos não é nada vergonhoso, muito pelo contrário, é absolutamente normal e essencial para a vida humana, incluindo os profissionais da saúde.

Como os psiquiatras podem ajudar as pessoas que estão lutando para lidar com a perda de entes queridos para COVID-19?**

Aceitar o luto está entre uma das situações mais difíceis pela qual o ser humano precisa passar. Um psiquiatra é uma ótima ajuda para lidar com a perda de entes queridos, pois o profissional saberá conduzir o paciente, ajudando-o a lidar com seus sentimentos.

O luto pode causar depressão, crises de ansiedade e outros transtornos que afetam diretamente a saúde psíquica do indivíduo.

Como os profissionais de saúde têm se adaptado para lidar com a pandemia da COVID-19 na área de odontologia?

A odontologia é uma área da saúde impactada diretamente pelo COVID, e isso foi terrível para com os dentistas. Essa classe teve uma dificuldade ímpar para lidar com suas atividades, principalmente por estar diretamente em contato com a saliva do paciente e por conta das limitações causadas pelo isolamento social.

Conforme o acesso e circulação social foi sendo liberado, a área da odontologia seguiu suas atividades e voltou a tratar seus pacientes.

Como a pandemia da COVID-19 afetou o agendamento de consultas odontológicas?**

Durante boa parte da pandemia os profissionais dentistas sofrem, visto que seu trabalho não é tão facilitado pela consulta virtual. Assim, por conta do isolamento severo, a esmagadora maioria desses profissionais ficou impedida de atender.

Isso atrapalhou e muito a forma como as consultas são agendadas e atendidas. E demorou um tempo para conseguirem uma normalização da rotina, bem como o retorno de clientes e a viabilidade de se manter um consultório, pelas baixas receitas.

Quais os principais desafios enfrentados pelos dentistas durante a pandemia da COVID-19?**

Muitos profissionais de odontologia estiveram na linha de frente, nos cuidados dos pacientes com COVID-19, dedicados a cuidar da saúde bucal dos pacientes e evitar quadros de infecção que agravariam seu estado.

Mas nos atendimentos em consultório, a situação foi mais difícil, com a interrupção dos mesmos. Até porque, não foi apenas a rotina dos dentistas que foi afetada, mas também a entrega de seus suprimentos, por exemplo.

Como a pandemia da COVID-19 afetou a formação dos estudantes de odontologia?**

Houveram dois impactos simultâneos na área da educação e formação de odontologia. Por um lado, os estudantes tiveram aulas remotas, aprendendo a teoria por meio de lives e ensino à distância.

Por outro, os professores também tiveram que ser capacitados para ensinar por meio deste método, diferente do que estavam acostumados.

Qual é o papel da fisioterapia no tratamento de pacientes com COVID-19?

O COVID 19 é um vírus que ataca sobretudo o sistema respiratório. Em casos graves, aqueles que foram infectados pelo vírus começam a utilizar tubos de oxigênio, precisando recorrer à intubação.

Para esses pacientes que tiveram suas vias respiratórias comprometidas, é necessária a fisioterapia respiratória que visa trazer a respiração pulmonar de volta ao normal.

Quais são as técnicas de fisioterapia respiratória mais comuns utilizadas no tratamento de pacientes com COVID-19?

Existem algumas técnicas de fisioterapia respiratória que são mais utilizadas para o tratamento de indivíduos que tiveram contaminação grave com o vírus. Elas são:

  • Cinesioterapia Respiratória: movimento da caixa torácica que melhora a ventilação pulmonar;
  • Incentivadores Respiratórios: fisioterapia respiratória feita com a ajuda de aparelhos;
  • Terapia com Pressão Positiva: manobras de fisioterapia realizadas com pressão;
  • Higiene Brônquica: manobras de fisioterapia utilizada para limpar as vias respiratórias;
  • Drenagem postural: usa a gravidade para escoar secreção dos brônquios.

Todas essas técnicas devem ser realizadas com o auxílio de um profissional, portanto, não tente realizá-las em casa.

Qual é o papel da fisioterapia respiratória na prevenção de complicações pulmonares em pacientes com COVID-19?

A fisioterapia respiratória não serve apenas para tratar de casos de pacientes afetados duramente pelo COVID, mas também pode ser utilizada para prevenir esses mesmos quadros graves.

A área da saúde impactada pelo COVID também abrange a fisioterapia e muitos ainda não sabem como os exercícios respiratórios, mesmo os simples como inspirar pelo nariz e expirar pela boca, podem fazer diferença. Assim seu corpo se prepara melhor para uma situação de grave incapacidade para respirar, como a causada pelo COVID.

Como a pandemia da COVID-19 afetou a área de imunologia?

Sem sombra de dúvidas, a imunologia foi a área da saúde mais impactada pela COVID-19. Isso porque, governos das mais variadas nações ao redor do mundo não pouparam esforços para compreender os efeitos do vírus no corpo, assim como a sua resposta imune frente a contaminação.

Não só isso, como foram pressionados constantemente para a criação de uma vacina que respondesse bem ao vírus. Atualmente, há vários imunizantes elaborados por diferentes laboratórios para a COVID-19, e é muito importante manter a caderneta de vacinação em dia para evitar os sintomas graves da doença.

Quais foram as principais descobertas em relação à resposta imunológica a COVID-19?**

A resposta do sistema imunológico ao vírus COVID-19 depende das estimulações dos diferentes leucócitos — glóbulos brancos. Sabemos também que a resposta imunológica é adaptativa e adquirida, ou seja, ela se baseia muito em infecções anteriores.

Como a pandemia da COVID-19 influenciou a pesquisa em terapias imunológicas?**

Durante o ápice da COVID-19, houveram cerca de 50 projetos de vacinas sendo desenvolvidas por diferentes empresas. É provável que nunca houve um esforço conjunto deste tamanho na história humana para o descobrimento de uma resposta para um vírus. Não com esta urgência, dado grau de contágio e letalidade do COVID.

Quais são as principais diferenças entre as vacinas da COVID-19 atualmente disponíveis, em termos de resposta imunológica?**

Vamos analisar a seguir as diferentes vacinas contra o COVID 19 e as suas características em resposta imunológica:

  • CoronaVac: o vírus inativo é injetado no corpo do paciente, ele não causa a doença, porém induz a resposta do sistema imunológico contra a infecção;
  • AstraZeneca: utiliza a tecnologia do vetor viral, onde o adenovírus é manipulado geneticamente para combater a infecção do vírus;
  • Pfizer: manipula o RNA que “guia” o organismo para combater o vírus do COVID;
  • Janssen: assim como a AstraZeneca, utiliza a tecnologia do vetor viral.

Uma vacina não deslegitima a outra, porém, é relevante conhecer a forma de atuação de cada uma delas.

Quais foram as mudanças no treinamento médico durante a pandemia?

Estudos revelaram que mesmo com diversos treinamentos sendo aplicados na resolução dos problemas próprios ao COVID 19, ainda assim os impactos foram muito maiores na preparação médica.

Em primeiro lugar houve um desfalque nas horas de treinamento por parte de novos profissionais que estavam chegando. Outro problema considerável foi a carga horária de certos profissionais ter sido aumentada, enquanto a de outros eram diminuídas, como a de cirurgiões, por exemplo.

Casos de burnout também foram comuns durante toda a pandemia e o excesso de trabalho interferiu negativamente na maior parte dos plantões.

Como a pandemia afetou as pesquisas médicas em andamento?

Sabe-se, atualmente, que as demais pesquisas dos institutos federais foram negativamente afetadas. A principal argumentação é que os atrasos em outros estudos se tornaram frequentes por conta do foco direcionado exclusivamente ao próprio COVID-19, devido à urgência de sua resolução.

Quais as contribuições da pandemia para as áreas médicas que irão permanecer mesmo após o período?

Embora o COVID 19 signifique um período sombrio para a medicina e o mundo no geral, houveram contribuições que nasceram por conta da necessidade. Uma delas são soluções de atendimento a distância e consultas online que foram frequentes na pandemia e nasceram como uma necessidade de evitar contágios.

Essas, ao que tudo indica, ficarão conosco por um bom tempo, devido ao seu desempenho em tornar o atendimento mais prático e ágil.

A área da saúde impactada pelo COVID 19 passou por uma das suas maiores provações da história moderna. No entanto, além de sobreviver, essa área cresceu e hoje se recupera com ainda mais dignidade e trabalho duro de seus profissionais.

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